Criar um jogo independente é o sonho de muitos designers e programadores. E a Brasil Game Cup é um evento importante para esses profissionais. A feira, que acontece no Rio de Janeiro, entre os dias 07 e 09 de abril, traz, além de torneios e fliperamas, stands de desenvolvedores independentes. O TechTudo entrevistou alguns expositores, que contam pontos positivos e dificuldades de produzir jogos indie no Brasil.

Entre os títulos, há jogos inspirados em River Raid, vindos de ideias de animes, ou originais como a história do Brasil na época de índios e portugueses. Projetos assim movem a cabeça de jovens brasileiros que querem mostrar que o país também é capaz de criar enredos de games.

Frederico Raiss mostra o jogo Skyking, releitura do clássico River Raid (Foto: Rodrigo Rosalinski/TechTudo)

Frederico Raiss, Irwing Luan e Alan Neves, por exemplo, têm seus jogos mostrados e experimentados pelos visitantes da feira deste ano. Os profissionais contam que o mais importante é a resposta do público para suas criações.

"Ver as pessoas jogando é diferente de você jogar. E permite saber qual é o nicho do seu jogo a partir de um público de diferentes idades", afirma Frederico Raiss, desenvolvedor do game Skykings, uma releitura do clássico River Raid.

Já Alan Neves, que veio de Santa Catarina para expor o seu jogo na BGC, acredita que o melhor é o reconhecimento de quem joga. "O público ajuda bastante. Eles reconhecem que eu faço sozinho, então não fazem críticas negativas. Até agora só recebi críticas construtivas".

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Irwing Luan, criador do RPG Dark Elfe, convida pessoas para jogar (Foto: Rodrigo Rosalinski/TechTudo)

Não importa de onde venham as inspirações, plataformas ou históricos, os desenvolvedores apontam a mesma dificuldade: faltam incentivos e, principalmente, visibilidade.

Como explica Irwing Luan, desenvolver do RPG Dark Elf: "No Brasil não há incentivos do governo e ainda são cobradas taxas para vender o game. Eles querem uma 'fatia do bolo'. E isso incomoda os desenvolvedores porque, às vezes, somos nós que largamos o emprego para investir na produção do jogo e pagamos do nosso bolso".



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