The Walking Dead: From the Gallows é o quinto e último episódio da terceira temporada da série desenvolvida pela Telltale Games. Disponível para PC, PS4, Xbox One, Android e iOS, o desfecho da saga de Javi e Clementine investe nos dilemas morais do jogador e cria um drama interativo cativante. Confira o que achamos do fim da temporada:
Se a primeira temporada de The Walking Dead ganhou vários prêmios de jogo do ano em 2012 e foi a maior responsável pela popularização da desenvolvedora Telltale Games, suas sequências tiveram a missão de elevar ainda mais o padrão de qualidade e atingir as elevadas expectativas dos fãs.
The Walking Dead: From the Gallows fecha a terceira temporada da série (Foto: Divulgação/Telltale Games)
Como o modelo de narrativa e gameplay da empresa foi explorado à exaustão nos anos seguintes, as temporadas dois e três de Walking Dead não impressionaram tanto. Ainda assim, a última aventura de Clementine conseguiu resgatar boa parte do que torna os adventures da empresa tão queridos pelo mundo.
From the Gallows marca o fechamento da jornada de Clementine e do novo protagonista da série, Javi. Ao longo dos cinco episódios da temporada, o jogador pôde criar laços com os aliados encontrados pelo caminho, e o final conecta muito bem as pontas soltas, amarrando bem seus arcos de desenvolvimento.
De acordo com as escolhas tomadas nos episódios anteriores, as relações e até mesmo os sobreviventes que formam
... o grupo de Javi variam bastante, o que ajuda o jogador a sentir que suas escolhas fizeram diferença no desenvolvimento da trama, além de garantir uma boa carga dramática às inevitáveis despedidas.
The Walking Dead: From the Gallows faz bom uso das decisões do jogador (Foto: Divulgação/Telltale Games)
O melhor da temporada
A New Frontier foi um começo promissor e bem carregado de drama para a temporada, mas seus dois últimos episódios sofreram com o excesso de linearidade, ausência de exploração e a típica narrativa que atormenta a maioria dos meios de temporada da Telltale.
Embora From the Gallows também tenha uma estrutura linear, o jogo funciona e é o ponto alto da temporada graças às excelentes interações entre os personagens grandes e pequenos apresentados durante a história. Há centenas de variáveis de diálogo, e, na maioria dos caminhos escolhidos, fica evidente o cuidado na escrita do roteiro.
The Walking Dead: From the Gallows é o melhor jogo da temporada (Foto: Divulgação/Telltale Games)
Horas intensas
Como de praxe, a campanha inteira pode ser terminada em apenas uma sessão de jogo, durante aproximadamente três horas. Seus eventos começam imediatamente após o bombástico confronto com Joan, e a partir dali nem um segundo é perdido com enrolação, o que garante ótimo ritmo.
Em vez de perder tempo com flashbacks ou sequências fúteis de ação, a impressão é que cada conversa é determinante e repleta de significado. Ao final do game, uma tabela indica quais foram as escolhas do jogador e como o resto do mundo se comportou, em uma divertida comparação.
The Walking Dead: From the Gallows tem história curta, mas marcante (Foto: Divulgação/Telltale Games)
Motor velho, mas funcional
É notório que o velho motor gráfico e de gameplay da Telltale passou por melhorias no decorrer da terceira temporada, e seu encerramento é um dos produtos mais tecnicamente polidos que a empresa já colocou no mercado.
O produto ainda não está totalmente livre de bugs e glitches, mas certamente possui uma performance superior a outros jogos da companhia, como Game of Thrones e Minecraft Story Mode. Coroando a vitória técnica, a dublagem continua excelente, e os personagens possuem feições e vozes críveis.
The Walking Dead: From the Gallows tem bom desempenho técnico (Foto: Divulgação/Telltale Games)
Conclusão
Apesar de alguns tropeços narrativos durante a temporada, From the Gallows é um desfecho excelente para o terceiro ano de The Walking Dead. Ainda que não seja tão inovadora quanto a aventura original de Clementine e Lee, a saga de Javi e seu grupo figura entre as histórias mais fortes e marcantes já desenvolvidas pela Telltale Games, e prova que o rico universo criado por Robert Kirkman ainda pode inspirar ótimos dramas interativos.
