Com 30 anos de estrada, a franquia de games de luta Street Fighter definiu os rumos do gênero desde sua primeira versão, lançada em 1987 para fliperama. Muita coisa mudou desde então, mas os elementos característicos da franquia continuam as mesmas: os velhos e novos personagens vindos de várias partes do mundo, os golpes clássicos e as novidades que surgem a cada edição.
Com tanto tempo de bagagem é natural que muitas histórias intrigantes tenham acontecido. Por isso, reunimos aqui as 10 curiosidades mais marcantes da franquia Street Fighter:
Diversos personagens foram inspirados em pessoas reais
A esta altura todo mundo já deve saber que Balrog e Fei Long foram baseados, respectivamente, no boxeador Mike Tyson e no ator Bruce Lee. Só que outros personagens da série Street Fighter também tiveram inspiração em lutadores reais.
Ken, por exemplo, é uma homenagem a Joe Lewis, uma das grandes lendas do karatê nos EUA. Já Ryu foi baseado no personagem do mangá Karate Baka Ichidai, que por sua vez é inspirado na história do carateca Masutatsu Oyama. Já Zangief teve seu design baseado em Ivan Koloff, atleta profissional de luta-livre, enquanto Dee Jay é semelhante ao ator e lutador Billy Blanks.
Blanka é o lutador preferido do produtor de Street Fighter
Um dos personagens brasileiros mais conhecidos do mundo dos games é o queridinho do atual produtor da franquia Street Fighter. Yoshinori Ono ganhou fama na internet por levar
Apesar de ter ficado de fora do elenco inicial de Street Fighter 5, Blanka poderá ser jogado no novo pacote de personagens que será lançado junto com o Street Fighter 5: Arcade Edition.
Sheng Long nasceu por causa de um erro de tradução
Uma das frases que Ryu dizia em Street Fighter 2 após vencer um oponente era: “Você precisa derrotar Sheng Long para ter uma chance”. A misteriosa citação, que parece se referir a alguma outra pessoa, na verdade é um erro de tradução.
Na versão japonesa, Ryu está falando de seu golpe, o Sho Ryu Ken. Só que na versão Ocidental, o ideograma acabou sendo erroneamente traduzido como Sheng Long. A confusão só piorou quando, em 1991, uma revista de games publicou como uma piada de 1º de abril que Sheng Long podia ser desbloqueado na versão de fliperama do game.
Apesar da falha, a Capcom acabou abraçando a lenda e Sheng Long se tornou oficialmente o mestre de Ryu e Ken. Até que, em Street Fighter 4, Sheng Long enfim estreou como um dos lutadores da série, já com o nome trocado para Gouken.
Chun Li quase teve uma barra de vida mais curta
A policial e lutadora de artes marciais Chun Li não é apenas a primeira mulher a aparecer na franquia, fazendo sua estreia em Street Fighter 2, como também foi uma das primeiras a ter um papel de destaque em um game de luta. Tanto que há uma menção sobre esse fato em uma de suas frases de vitória em Tatsunoko vs. Capcom.
Tendo essa novidade em mente, o criador do game chegou a cogitar uma mecânica que pode ser considerada machista. Em entrevista ao site Polygon, Yoshiki Okamoto revelou que queria que a barra de vida de Chun Li fosse mais curta do que a dos outros personagens porque “as mulheres não são tão fortes”. Porém, Akira Nishitani, designer do jogo, não aprovou a ideia e ela acabou sendo descartada.
Família Gracie pode ter inspirado a personagem Laura
Apresentada em Street Fighter 5, a brasileira Laura Matsuda vem de uma longa linhagem de lutadores. Seu avô criou o estilo conhecido como Matsuda Jiu-Jitsu, e um dos objetivos dela é defender o legado da família em competições pelo mundo.
Não por acaso a história dos Matsudas é semelhante ao da família Gracie, que criou a arte marcial Jiu-Jitsu Brasileiro e que ganhou fama mundial nos anos 90 após a criação dos torneios de MMA. E tal qual nos games, os Gracies também contam com uma representante mulher: a carioca Kyra Gracie, tricampeã mundial de jiu-jitsu.
Os lutadores da abertura de Street Fighter 2 têm nome
Após 25 anos do lançamento, a Capcom finalmente revelou um dos grandes mistérios de Street Fighter 2: quem são os dois homens que aparecem brigando na abertura?
Em 2016, a empresa japonesa abriu o jogo: o nome do lutador negro é Max e do loiro, Scott. Ela também revelou algumas curiosidades, como o fato de Max gostar de apostas. Tanto que ele supostamente reaparece em Street Fighter 5 como um dos personagens de fundo do cenário High Roller Casino.
Street Fighter - A Batalha Final teve dois games lançados
Se o infame filme do Street Fighter foi recheado de problemas e detonado pela crítica, saiba que há não apenas um, mas dois games baseados no longa-metragem estrelado por Jean-Claude Van Damme, Raúl Juliá e Kylie Minogue.
A versão arcade de Street Fighter: The Movie foi produzida pela Incredible Technologies e seu estilo é mais parecido com a do então rival Mortal Kombat, tanto nos gráficos quanto na jogabilidade. Assim como o filme, o game teve diversos problemas, como mudanças de atores e corte de personagens.
Já a versão para console foi produzida pela própria Capcom e tem o estilo mais consagrado da série. Lançado para Playstation e Saturn, Street Fighter: The Movie traz de volta Blanka e Dee Jay (que tinham sido cortados no arcade) e tira o personagem Blade, que foi criado para o filme. Ainda assim, o jogo recebeu péssima notas.
Maiô de Cammy sofreu censura durante a EVO 2017
A final de Street Fighter V na EVO 2017 sofreu uma breve interrupção durante a transmissão ao vivo na televisão. O motivo foi o tradicional maiô verde usado pela Cammy, que foi considerado revelador demais para os padrões da emissora.
Após vencer a primeira partida, Ryota “Kazunoko” Inoue foi obrigado pelos organizadores a trocar a skin padrão da Cammy pelo traje formal, que pode ser obtido via DLC. A mudança, porém, não abalou Kazunoko, que se sagrou campeão do torneio.
Final Fight foi projetado para ser a continuação de Street Fighter
É fato que muitos personagens de Final Fight deram as caras na franquia de luta da Capcom, como Guy e Sodom em Street Fighter Alpha, Rolento em Alpha 2 e Cody em Alpha 3. E existe um motivo para isso: Final Fight era para ser uma sequência direta do primeiro Street Fighter. Tanto que seu título inicial foi Street Fighter ‘89 e ele chegou a ser anunciado oficialmente em uma revista japonesa como Street Fighter: The Final Fight.
A mudança ocorreu pouco antes do lançamento, em dezembro de 1989. Segundo o designer Yoshiki Okamoto, isso aconteceu para evitar confusão já que Final Fight não é um game de luta e faria mais sentido criar uma nova franquia.
Pirataria obrigou a Capcom a lançar um novo Street Fighter 2
Nos anos 90 era comum encontrar em botecos ou em casas de fliperama do centro das grandes cidades uma versão modificada do Street Fighter 2: Champion Edition. Diferente do jogo oficial, esse era mais rápido, os golpes se multiplicavam na tela, era possível trocar de personagem durante a luta, entre outras loucuras.
Batizada popularmente no Brasil de “Street Fighter de Rodoviária”, essa versão nasceu em Taiwan graças ao chip CPS-1, que era muito simples de modificar, e se espalhou pelo mundo por ser mais barato que o fliperama original.
Vendo que estava perdendo a luta para os piratas, a Capcom contra-atacou lançando o Street Fighter 2 Turbo: Hyper Fighting, uma versão atualizada do game com novos golpes e com velocidade consideravelmente acelerada.
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