Bloodborne é um título de PS4 que fez grande sucesso na plataforma da Sony. Agora ele também está disponível em outra mídia: a de papel. O game foi transformado em jogo de tabuleiro e chegou ao Brasil pelas mãos da editora Galápagos Jogos. Com mecânicas inovadores, combates cooperativos e elementos competitivos, a aventura se mostra uma adaptação autêntica do original, inusitadamente respeitando muitos de seus elementos. Mas será que o jogo consegue levar as emoções do título para as mesas?
Como funciona Bloodborne na mesa?
Bloodborne é um jogo competitivo, mas que possui elementos cooperativos. Cada jogador assume o papel de um caçador, que deve coletar ecos de sangue a cada monstro vencido, enquanto todos tentam vencer as criaturas e o chefão final. Ao longo do caminho é possível prejudicar os outros jogadores da mesa com ataques indiretos. Além disso, as mortes são constantes.
Para jogar é preciso colocar cartas na mesa que definem suas ações: algumas realizam ataques nos monstros, outras permitem trocar o equipamento há até mesmo aquela que te leva para o “Sonho do Caçador”, ambiente que também existe no game de PS4, onde você pode descansar, recuperar vida e melhorar seu arsenal.
O desenvolvimento a partir daí é simples: toda rodada há um novo monstro em campo. Os jogadores têm que derrotar cada um deles e evitar que fujam. No caso de um chefe ou chefe final, eles ficam na mesa até serem vencidos e não fogem. Em cada vitória, os responsáveis por aplicar danos nos inimigos ganham recompensas que variam entre ecos de sangue e níveis de experiência nos troféus exibidos nas cartas dos monstros.
A tarefa não é fácil, porém. As criaturas atacam todo turno, com danos obtidos por meio de uma rolagem de dados, que podem aumentar de acordo com o resultado. É comum que os caçadores caiam vez sim, vez não, e que assim percam algum tempo, após serem enviados contra sua vontade ao “Sonho do Caçador”.
O lançamento nacional
Além de simples, o jogo de Bloodborne foi lançado no Brasil não só para atrair quem já é fã da versão eletrônica, mas também tentar fazer com que novatos se interessem pelo hobby de “diversão offline”. “Jogos de franquias famosas no videogame atraem o público que já teve a experiência nos consoles ou no PC e, agora, vai poder reviver essa experiência de uma forma diferente, que só o board game pode oferecer”, declara Rodrigo Gyodai, diretor de marketing da Galápagos Jogos, em entrevista ao TechTudo.
Ainda segundo Gyodai, o lançamento de Bloodborne no Brasil foi incentivado por conta “da mesma intensidade que transformou o jogo de videogame em um enorme hit”. O executivo também lembra que ele foi criado por Eric Lang. Para os fãs de board games, este nome é familiar, pois trata-se do autor de muitos outros sucessos já lançados no Brasil, como Blood Rage, Godfather: Império Corleone, Quarriors e também é co-criador de Arcadia Quest.
Tem mais parecido com este?
Mas este não é o único board game da Galápagos Jogos inspirado em videogame ou com alguma base de comparação em relação à mídia eletrônica. O sucesso de estratégia XCOM também ganhou sua versão em papel e plástico, com um título que mescla estratégia em tempo real e também utiliza aplicativo para guiar a ação dos jogadores na mesa.
A mecânica de XCOM não tem nenhuma relação com a de Bloodborne. Enquanto o primeiro é um game com diversos componentes – miniaturas, dados, cartas, tabuleiro grande, marcadores –, o segundo é mais focado em ser um game de cartas com elementos de blefe, tabuleiros pequenos e alguns dados. Mas isso não quer dizer que um seja melhor do que o outro, pois são experiências distintas.
Outro título que os fãs de videogames podem curtir e disponível no Brasil é Krosmaster Arena. Ele é um game de estratégia, apresentando combate entre equipes, inspirado pelos jogos online Dofus e Wakfu. Personagens dos dois títulos se encontram por aqui, com uma coleção de miniaturas bem diferenciada, coloridas e esculpidas em detalhes.
Contudo, muitos são os jogos de tabuleiro inspirados em videogame ainda inéditos no Brasil, como Portal, mostrado na imagem acima, Assassin’s Creed, This War of Mine e Resident Evil. Rodrigo Gyodai diz ainda que há planos de trazer mais, porém ele não revela quais e diz ainda que nem tudo é tão simples. “Como esses planos ainda dependem de negociações e muita preparação, não podemos falar ainda. Mas muita gente vai ficar feliz com os lançamentos dos próximos anos”, completou.
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