Detroit: Become Human é o novo jogo da produtora Quantic Dream para PS4. Com data de lançamento para o dia 25 de maio, o game traz um enredo futurista onde você assume o controle dos androides Connor, Kara e Markus, em uma trama repleta de críticas e reviravoltas. Confira o review completo: 

Nosso futuro será assim?

Não é de hoje que muitos apostam que, no futuro, as máquinas substituirão os humanos em muitas tarefas. E a tão temida Inteligência Artificial se tornará cada dia mais aprimorada, ao ponto de tomar decisões importantes em nossa vida - Google que o diga. Detroit: Become Human, pega carona nessa onda e traz um enredo repleto de críticas sobre o assunto, aliada a uma trama envolvente. 

Connor é um dos personagens principais de Detroit: Become Human (Foto: Divulgação/Sony)

Há todo momento surgem debates de temas polêmicos como a substituição de trabalhos manuais por um serviço automatizado, governos em conflitos banais e até mesmo a violência doméstica. A forma com que isso é inserido usa sempre os androides Alex, Kara e Connor no meio dessas questões.

Cada um deles possui uma história própria:

Markus - Um androide fie cujo dono é um pintor famoso. Ambos possuem uma boa relação, algo próximo de pai e filho (ou mestre e aprendiz), mas que não é muito bem vista por seu filho de verdade: Leo.

Kara - É uma androide utilizada para tarefas do lar. Kara acabou de voltar de um conserto depois de sofrer danos graves. O motivo: violência doméstica de seu dono, um viciado que alega ter sucumbido em sua carreira profissional graças ao desenvolvimento dos androides. 

Kara é uma das androides de Detroit: Become Human (Foto: Divulgação)

Connor - Um modelo de androide desenvolvido especialmente para ajudar a polícia dando auxílio para outros detetives. Entretanto, esses por sua vez não aceitam o fato de terem a companhia de um "robô" para auxiliá-los ou serem seus parceiros contra o crime.

Detroit: Become Human veja como baixar a versão demo no PS4

A partir daí, cada um deles segue um caminho que, em determinado momento, acaba cruzando com o dos demais personagens. E a forma com que isso é construído depende demais dos jogadores, já que uma simples decisão pode afetar diretamente o rumo da trama.

Você constrói o seu roteiro

Embora muitos jogos sigam esse pretexto, poucos conseguem fazer isso de uma forma tão bem como Detroit: Become Human. O game traz um diagrama que mostra a linha escolhida por você para alcançar o objetivo principal. Essa mesma linha traz uma série de ramificações que influenciam diretamente no objetivo principal daquele capítulo.

Suas decisões afetam o ruma da historia de Detroit: Become Human (Foto: Divulgação)

Por exemplo, você pode optar por moldar a personalidade de um androide de uma maneira que ele seja bastante hostil. Essa linha de hostilidade vai afetar seu relacionamento com outros personagens e até mesmo a maneira com que se

... u caminho irá cruzar com o dos outros protagonista. 

Além disso, esse Diagrama mostra todos os caminhos opcionais que, por causa das atitudes tomadas, não foram utilizados naquele momento. Isso instiga demais o jogador a iniciar um novo jogo procurando caminhos alternativos aos que foram traçados na primeira vez, criando um fator replay raro para esse tipo de jogo. 

Jogabilidade simples e sem mistérios

A jogabilidade de Detroit: Become Human também segue a linha adotada pela Quantic Dreams em outros títulos da produtora. Basicamente eles funcionam como jogos do gênero point and click, onde basicamente você precisa locomover seus personagem e procurar pistas pelo cenário. 

A jogabilidade de Detroit: Become Human é bem simples (Foto: Divulgação)

Outro elemento que se agrega a essa jogabilidade mais simples se refere a combinação de comandos em determinadas cenas. Basicamente você precisa apertar os botões que surgem na tela no momento exato, um pouco similar ao que é adotado em jogos musicais. Ou seja, nada de comandos específicos para um determinado movimento ou coisas parecidas. 

A grande novidade desse jogo é uma área maior de exploração, o que permite também encontrar mais elementos para complementar suas ações. Por exemplo, ao examinar a cena de um crime, Connor pode vasculhar mais cômodos ou áreas do cenário e entender melhor o que aconteceu. O mesmo vale para Kara, que pode optar por se esconder em diversas áreas, não sendo obrigada a optar por um local predeterminado. 

Ambientação futurista que agrada

Detroit: Become Human utiliza captação de atores reais para produzir seus personagens. Com isso, não é preciso dizer o quanto cada um dos androides ficou bem reproduzir de uma forma quase real dentro do jogo. Expressões faciais, olhares, sincronização de diálogos, tudo muito bem encaixado e passando ao jogador a sensação de estar participando de um filme.

Detroit: Become Human traz uma bela ambientação futurista (Foto: Divulgação)

A ambientação também agrada bastante. Com uma incrível mescla de elementos futuristas - carros voadores, telas transparentes e engenhocas coloridas - junto a construções dos dias atuais, o game consegue convencer o jogador de que o futuro não tão distante finalmente chegou. 

A dublagem também conta com vozes conhecidas do público brasileiro. Por mais que alguns personagens coadjuvantes acabam destoando de suas vozes originais, boa parte do trabalho é muito bem feito, o que merece muitos elogios. O mesmo vale para a trilha sonora, sempre muito bem encaixada no andamento da trama. 

Conclusão

Detroit: Become Human cumpre tudo que prometeu e faz a Quantic Dream retornar ao posto de destaque, depois de muitas críticas por Beyond Two Souls. Com uma trama envolvente e repleta de críticas sociais, o jogador se sentirá motivado a jogar não apenas uma vez, já que as suas decisões mudam (e muito) o desenrolar da história. Entretanto, jogadores acostumados com ritmos mais frenéticos, tanto da jogabilidade como do avanço da trama, podem achar o game um tanto monótono e entediante nas suas primeiras horas. 

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