A Overwatch World Cup 2018, mundial do game da Blizzard, teve sua segunda etapa classificatória no último final de semana, com participação da seleção brasileira. Valendo duas vagas para a reta final do campeonato, as equipes do grupo B – Brasil, Canadá, Estados Unidos, Suíça, Noruega e Áustria – se enfrentaram em séries de quatro partidas para decidir quem seguiria na disputa. Infelizmente, não deu para o Brasil.
A seleção brasileira teve um bom desempenho e bateu de frente com as norte-americanas, mas acabou ficando em terceiro lugar, sendo eliminada do torneio. Quem carimbou o passaporte e vai participar das finais do mundial são os times do EUA e Canadá, que acabaram em primeiro e segundo lugar, respectivamente.
O elenco verde e amarelo que participou da OWWC foi formado por jogadores da Black Dragons e da Brasil Gaming House, equipe campeã da segunda temporada da Contenders sul-americana. A escalação completa incluiu Eduardo “Dudu” Macedo, Maurício "Honorato" Honorato, Felipe “Liko” Lebrao, Mateus “Neil” Kroeber, Renan “Alemão” Moretto, Pedro “Ole” Orlandini e o reserva Marcello “Wetter” Floriani. Considerando que as favoritas do mundial carregam vários atletas da Overwatch League, o desempenho brasileiro deixou claro que a seleção e o competitivo LATAM não devem ser subestimados.
Canadá 4 x 0 Brasil
Os brasileiros começaram perdendo na Torre Lijiang, mas não se deixaram abalar e foram para King’s Row com tudo. O dest
Os canadenses começaram a terceira etapa com uma atuação defensiva exemplar e deixaram poucas brechas para o time dos brasileiros. Aproveitando uma investida ousada e frustrada de Mateus “Neil” Kröber, a Widowmaker de Lane “Surefour” Roberts cresceu rapidamente no jogo e conseguiu vários abates. O confronto no Templo de Anúbis terminou em 2 a 1 para o Canadá, que manteve a postura dominante na última partida e fechou a disputa com o resultado de 4 a 0.
Brasil 3 x 2 Noruega
As duas primeiras partidas entre Brasil e Noruega foram tensas, com os brasileiros perdendo no Oásis e em King’s Row. Felizmente, a derrota por 5 a 4 no segundo mapa fez a seleção reagir e as coisas começaram a mudar depois do intervalo. A equipe nacional venceu por 3 a 2 no terceiro mapa, que foi o Templo de Anúbis, e levou o ritmo agressivo para igualar o placar geral no último confronto.
Assim como na primeira partida, o regulamento da Overwatch World Cup prevê que o desempate aconteça em um mapa do estilo controle. O estágio escolhido para a decisão foi Ilios e, mais uma vez, o grande destaque canarinho foram os suportes. No controle de Zenyatta, Pedro “Ole” Orlandini foi decisivo na batalha pela captura do ponto, e a seleção saiu vitoriosa.
Estados Unidos 3 x 1 Brasil
As coisas começaram difíceis para os brasileiros, que sofreram com a defesa adversária e perderam o primeiro ponto no Nepal. Mudando para uma estratégia mais agressiva e abusando do poder de fogo nas mãos de Eduardo “Dudu” Macedo, a seleção ganhou confiança e conseguiu igualar o placar. No desempate, a equipe dos EUA mostrou mais uma vez que não estava pra brincadeira e fechou a primeira partida em 2 a 1.
O segundo confronto foi em King’s Row e a seleção até levou o primeiro ponto do round, mas não conseguiu segurar a carga dos americanos e perdeu de novo por 2 a 1. Voltando do intervalo, na terceira parte da disputa, a equipe americana usou o Hammond de Jay “Sinatraa” Won para atropelar os brasileiros no Templo de Anúbis. Desorganizada, a seleção não conseguiu encontrar uma saída e os oponentes ficaram com a vitória.
Por mais que já não fosse possível vencer o set, ter um bom desempenho no último mapa era uma questão de honra. Os brasileiros conseguiram avançar bem em Junkertown, entendendo a estratégia dos oponentes e neutralizando aos poucos as entradas do Wrecking Ball. Sinatraa ainda trocou para Doomfist, mas os americanos não conseguiram responder a tempo e perderam o quarto mapa por 3 a 2.
Brasil 3 x 1 Áustria
Não é segredo pra ninguém que a Áustria foi um dos times mais fracos na OWWC 18. Mesmo assim, a equipe europeia foi com tudo pra cima do Brasil e ameaçou dar trabalho ainda na primeira rodada. A seleção não deixou barato e mostrou porque é a melhor da América do Sul, varrendo os oponentes com o Reinhardt de Mateus “Neil” Kröber e garantindo o primeiro ponto da disputa.
A segunda partida foi em King’s Row e os brasileiros tiveram muita dificuldade no início, deixando os adversários abrirem uma vantagem de dois pontos. No segundo round, com a seleção no ataque, quem se destacou foi Felipe “Liko” Lebrao: o jogador usou o dragão de Hanzo para limitar a movimentação dos oponentes e conseguir uma série de abates importantes. O confronto acabou em 3 a 2 e garantiu mais um ponto verde-amarelo.
O palco para a terceira etapa foi Hanamura, e teve como protagonista a Widowmaker de Michael "MrDragonlol" Jörg, que causou muito estrago graças ao seu ótimo posicionamento, sendo fundamental para que a Áustria alcançasse o primeiro ponto. Porém, a boa fase austríaca durou pouco e, na última partida, que aconteceu em Junkertown, o time brasileiro voltou a dominar a disputa. A seleção não perdeu praticamente nenhuma luta e fechou a série em 3 a 1.
Brasil 3 x 1 Suiça
O jogo começou no mapa Nepal e a Suíça ficou com o primeiro ponto do set, só que não demorou para a diferença entre o nível de habilidade dos times aparecer. Na segunda parte da disputa, em King’s Row, eles usaram bem o controle aéreo da Pharah de Sandro “Shinoda” Zahner para atrapalhar a organização brasileira, mas, jogando na defesa, acabaram atropelados pela seleção e perderam por 3 a 2.
Hanamura foi o terceiro mapa e palco de uma das partidas mais apertadas da noite. Quem saiu na frente foram os europeus, mas a seleção não deixou barato e venceu por 4 a 3. Por fim, para fechar com chave de ouro, o Brasil ganhou da Suíça no Rialto por 1 a 0. O que mais chamou a atenção na quarta partida foi a sincronia dos brasileiros, que superaram a Pharah rival com maestria e se consolidaram no terceiro lugar do grupo B.
Próxima parada: Bangkok, Tailândia
Mesmo com o desempenho surpreendente da seleção, apenas os dois melhores de cada grupo se classificam para as finais da OWWC. Assim, confirmando o favoritismo, Canadá e Estados Unidos se unem a Coreia do Sul e Finlândia para a última etapa do mundial. Também vale lembrar que todas as equipes que estão participando da fase de grupos foram recompensadas com US$ 15 mil (cerca de R$ 60 mil, em conversão direta).
A fase final da Overwatch World Cup vai acontecer durante a Blizzcon 2018, nos dias 2 e 3 de novembro. A decisão também vai contar com mais quatro países, que serão revelados a partir das classificatórias dos grupos C e D. A próxima acontece entre 14 e 16 de setembro, em Bangkok, e vai colocar Tailândia, China, Austrália, Dinamarca, Espanha e Suécia para brigar por duas vagas no mundial.
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