O WhatsApp foi cenário para diferentes polêmicas em 2018. Golpes envolvendo marcas famosas, como Burger King e Cacau Show, tentaram roubar dados pessoais dos usuários, e o fenômeno Momo perturbou crianças e adolescentes utilizando o chat. Além disso, uma falha envolvendo o emoji de esquilo travava o mensageiro e até os celulares.
As fake news também se tornaram assunto recorrente envolvendo o aplicativo, após uma série de boatos espalhados pela plataforma ocasionar o linchamento e morte de várias pessoas na Índia. A fatalidade fez com que a empresa mudasse sua política de compartilhamento. Aqui no Brasil, as notícias falsas movimentaram as eleições presidenciais. Confira a seguir as maiores polêmicas relacionadas ao WhatsApp em 2018.
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1. Falha
Uma corrente ficou famosa no mês de maio por revelar um bug e ocasionar o travamento do WhatsApp em aparelhos com sistema Android. Uma mensagem contendo o emoji de esquilo e a mensagem “não toque aqui” fazia com que o app congelasse após tocar ou tentar remover o balão. Os usuários tinham que reiniciar o aplicativo ou o smartphone para resolver o problema.
A falha ocorria porque a mensagem continha mais de 4 mil caracteres ocultos, quantidade acima da suportada pelo WhatsApp – o que tornava o app não responsivo. Para apagar a mensagem, era preciso usar a versão Web do mensageiro ou excluir a conversa por completo. Mesmo não sendo um vírus, o esquilo causou muito transtorno entre os usuários.
2. Golpes
Durante todo o ano, criminosos divulgaram falsas promoções envolvendo marcas famosas pelo WhatsApp na tentativa de enganar os usuários e roubar seus dados. Mais de 350 mil pessoas clicaram em um link malicioso que usava a marca da rede de lanchonetes Burger King, que oferecia cupons de desconto em lanches nos restaurantes. Para isso, o usuário deveria responder a um questionário online, induzindo as vítimas a instalar apps falsos que infectavam o celular.
A imagem da Cacau Show também foi usada pelos bandidos, desta vez divulgando um falso processo seletivo para trabalhar na empresa de chocolates. De acordo com a DFNDR, laboratório especializado da PSafe, mais de 1 milhão de pessoas acessaram o link. A empresa de cosméticos O Boticário também foi vítima dessa prática, quando criminosos copiaram uma promoção verdadeira da rede e criaram um link falso com as mesmas características da oferta original.
Todas as empresas citadas afirmaram que as promoções eram falsas. A orientação é sempre procurar os canais oficiais da marca para encontrar informações verídicas, como site e redes sociais com selo de verificação.
3. Fake news
Em julho de 2018, o WhatsApp mudou seu mecanismo de encaminhamento de mensagens em todo o mundo após uma série de boatos espalhados pelo chat provocar a morte de mais de 20 pessoas na Índia. As falsas notícias envolviam tráfico de pessoas e sequestro e venda de crianças na região. Após o episódio, o mensageiro criou o limite de encaminhamento de conteúdos para, no máximo, cinco pessoas ou grupos na Índia.
No resto do mundo, incluindo o Brasil, esse limite passou a ser de 20 conversas. Vale lembrar que regra de cinco encaminhamentos começou a ser testada na versão de testes do app. Até então, não existia limite para o compartilhamento de mensagens.
Durante as eleições presidenciais no Brasil, o mensageiro também esteve envolvido em notícias de divulgação de fake news, chegando a banir centenas de milhares de contas suspeitos de compartilhar notícias falsas. A medida foi tomada após a publicação de uma reportagem da Folha de São Paulo que denunciava o disparo ilegal de mensagens contra o Partido dos Trabalhadores (PT) por meio do app.
O What
4. Momo
Utilizando uma aterrorizante foto de uma escultura japonesa, o personagem Momo perturbou crianças e adolescentes pelo WhatsApp no mês de julho. Por meio de um número do Japão adicionado na agenda do telefone, o personagem conversava com as vítimas com a possível intenção de roubar dados de sua família. O perigo das conversas foi comparado ao jogo mortal Baleia Azul.
De acordo com especialistas, o teor das conversas não era sadio e, após conquistar a confiança da criança, as informações enviadas pelas vítimas poderiam ser usadas em algum ataque. Com o passar do tempo, números telefônicos de outros países e até chatbots foram atribuídos à Momo.
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