A China promete completar um sistema alternativo ao GPS americano ainda em 2020. A tecnologia denominada Beidou usa uma constelação de satélites em órbita para triangular qualquer posição na superfície da Terra com grande grau de precisão. O projeto chinês pretende contornar a dependência exclusiva em torno do GPS (Sistema de Posicionamento Global, na sigla em inglês) operado pela Força Aérea dos Estados Unidos. A iniciativa não é a primeira do tipo, já que a rede GLONASS criada pela Rússia tem a mesma preocupação: garantir ao país sistemas de geolocalização independentes do controle americano.

A tecnologia de posicionamento chinesa já nasce grande, uma vez que pelo menos 70% dos smartphones em uso atualmente no país saíram de fábrica com suporte ao sistema. A estreia do projeto depende apenas do lançamento dos dois últimos satélites. Como fabricantes chinesas correspondem diretamente por 40% das vendas de celulares no mundo, o potencial de expansão do Beidou é expressivo.

Embora as disputas comerciais entre Estados Unidos e China tenham esquentado no último ano, o desenvolvimento da rede Beidou é um projeto antigo. Os primeiros satélites do sistema entraram em operação ainda no ano 2000. Agora, 20 anos depois, a rede está prestes a somar 35 unidades em operação na órbita terrestre, número que torna a plataforma maior do que o GPS. Um dos principais riscos de depender do sistema americano está na hipótese de que os Estados Unidos poderiam bloquear o acesso em caso de conflito.

Além da questão estratégica, há também as perspectivas de expansão da China em setores de telecomunicações. Os chineses também se destacam em desenvolvimento e pesquisa de tecnologia de comunicações, como o 5G: não é por acaso que a Huawei, um dos focos de conflito na disputa co

... mercial com os americanos, seja a líder global em infraestrutura de telefonia móvel.

Com informações de Tech Crunch, Engadget, Nikkei, BBC



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