Valorant, novo jogo da Riot Games, vai contar com um sistema anti-cheat próprio já no seu lançamento. O fps ainda não tem uma data definida para ser disponibilizado, mas a promessa é que ele chegará no inverno de 2020 para download grátis em PCs. O TechTudo foi até a sede da desenvolvedora do League of Legends (LoL) em Los Angeles, EUA, testar a primeira demo de Valorant e conversar com o seu time de desenvolvedores. O responsável pela segurança e esforços anti-cheat Paul Chamberlain explicou com detalhes como o programa vai funcionar.
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Anti-cheat ativo já no lançamento
Valorant é um jogo gratuito e que promete rodar até nos computadores mais básicos. A acessibilidade do game é um atrativo para os usuários, mas também pode chamar a atenção de trapaceiros. Não à toa, o título será lançado com um programa anti-cheat próprio. "Construímos um jogo para resistir aos tipos mais comuns de trapaças em shooters. Isso foi possível porque começamos a pensar em segurança contra fraudes logo no início da produção, tecnicamente antes da pré-produção", detalha Chamberlain. Valorant será o primeiro fps desenvolvido pela Riot e o projeto surgiu há cerca de cinco anos.
De acordo com o desenvolvedor, Valorant adotou algumas medidas para ser o mais seguro possível. “Trabalhamos em três frentes. O primeiro passo é tornar o jogo o mais resistente possível às trapaças, depois tornar as fraudes o mais difíceis e caras de desenvolver e, por fim, ter um sistema de investigação e ação rápida flexível para detectar e banir pessoas”. Tudo isso envolve o design do game, seus servidores, uma inteligência artificial e um time de profissionais que vai monitorar o game e a sua comunidade em tempo real.
Inteligência artificial e time de analistas
De acordo com o desenvolvedor, Valorant vai importar algumas tecnologias que já funcionam no LoL. "Alguns dos sistemas são adaptados diretamente do League of Legends. Mas como as trapaças podem ter um impacto muito alto em um jogo de tiro competitivo, decidimos que precisávamos investir em tecnologias adicionais. Foi então que a plataforma anti-trapaça da Valorant surgiu", detalha.
Parte do esforço anti-cheat será feito por um sistema de Inteligência Artificial chamado Vanguard. Essa IA vai monitorar os jogadores e banir suspeitos. "A plataforma vai atuar em todas frentes, desde a investigação até o banimento do usuário". Chamberlain também explica que os principais cheats e hacks usados em jogos FPS, como aimbots e wallhacks, já foram estudados e estão no radar dessa IA. Assim, um usuário que sempre der tiros na cabeça dos inimigos ou que consiga "prever" o que acontece fora do seu campo de visão será um potencial suspeito.
Mas, até aqui, o sistema anti-cheat de Valorant parece não considerar hacks que certamente serão desenvolvidos após o lançamento do game. Para trabalhar nessa frente, o jogo aposta em uma equipe de profissionais que vai acompanhar o público de perto. "Temos pesquisadores que analisam as comunidades de trapaceiros e ficam de olho no que eles estão falando, sobre quais novos produtos estão sendo desenvolvidos". A ideia da Riot é estar um passo a frente desses hacks.
Os analistas também vão buscar novos cheats dentro do próprio game. "Vamos armazenar muitas informações de como as pessoas jogam, quais são os movimentos e comandos do mouse, por exemplo. Então, usamos técnicas de análise de dados para tentar encontrar comportamentos suspeitos. Eu espero que no futuro isso possa ser automatizado através de técnicas de aprendizado de máquina. Mas há muitos
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Punições e outros comportamentos indevidos
Segundo Chamberlain, os jogadores que forem flagrados trapaceando em Valorant serão punidos. Essas punições, no entanto, ainda não estão totalmente definidas. "Isso sempre pode mudar, mas meu pensamento atual é que todas as contas que a gente identifique usando truques sejam suspensas permanentemente. Além disso, gostaríamos de proibir temporariamente esse computador de rodar o jogo, justamente para desencorajar o usuário de criar uma nova conta".
Quando questionado sobre outros problemas que atingem os jogos competitivos, como venda de logins, contas smurfs e comportamento tóxico, o desenvolvedor explicou que outros programas semelhantes ao anti-cheat serão usados. Os casos de toxicidade, no entanto, devem ser avaliados pessoalmente por um time de profissionais, e as punições para os jogadores que ofenderem e desrespeitarem outros players também devem ser diferentes. "Não sou especialista nisso, mas há uma variedade de punições que estão sendo consideradas, incluindo restrições de bate-papo e suspensão de contas por repetidas ofensas".
Chamberlain conclui explicando que todo esse esforço, desde o sistema anti-cheat, até a punição de trapaceiros e usuários tóxicos, busca conquistar a comunidade e provar que o jogo merece o tempo do seu player. "Todo esse trabalho é um passo em direção ao objetivo de ganhar a confiança dos jogadores".
*A jornalista viajou a convite da Riot Games
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