O PlayStation 5 (PS5) pode ter sua fabricação reduzida por conta de problemas com o processador, de acordo com reportagem da Bloomberg desta segunda-feira (14). A publicação também indica que os preços do lançamento da Sony podem ficar em US$ 449 (aproximadamente R$ 2.370, em conversão direta e sem impostos) para a opção com drive Blu-Ray e US$ 399 (cerca de R$ 2.105) para a opção sem entrada para discos.
Segundo fontes do site, possíveis erros na manufatura do conjunto formado por processador e GPU estariam condenando pelo menos 50% de cada chip produzido. Isso indicaria uma margem de perdas fora do comum – o que teria obrigado a Sony a rever suas projeções de 15 para 11 milhões de consoles produzidos até março de 2021. Em resposta ao portal Gamesindustry.biz, porém, a empresa negou as informações. Vale lembrar que o PS5 tem uma transmissão ao vivo marcada para esta quarta-feira (16), às 17h (horário de Brasília).
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Perdas no processo de manufatura de chips de alta performance, como é o caso da unidade criada pela Sony e AMD para o PS5, não são incomuns, especialmente nos estágios iniciais. O processo de fabricação de um microchip é sujeito a imperfeições devido à natureza microscópica dos métodos de fotolitografia em uso atualmente.
Quanto mais performance o design exige do produto, maior o risco de que alguma pequena imperfeição impeça o processador final de atingir esse valor de desempenho. Como a Sony precisa garantir que 100% dos PS5 fabricados sejam capazes de atingir a mesma capacidade, qualquer processador que falhe nessa tarefa se torna impróprio para o console.
Unidades com defeito podem apresentar problemas variados, como núcleos do processador que não funcionam, nível elevado de geração de calor, consumo fora do comum ou mesmo baixa performance. Na indústria de semicondutores, chips que não atendem a um determinado perfil de desempenho podem acabar sendo reaproveitados em produtos mais baratos: uma RTX 2060 da Nvidia pode não ser nada mais do que uma RTX 2080 que saiu com problemas da fábrica e não atendeu o nível de exigência da placa mais cara, por exemplo.
Em qualquer dos casos, o processador que não serve para o videogame precisa ser descartado – o que eleva custos de fabricação e restringe o volume de consoles que a Sony pode colocar no mercado a curto prazo. Isso explicaria a queda de 15 para 11 milhões de unidades nas projeções internas.
Em relação aos valores, a avaliação de que a Sony pode trazer os dois modelos de PS5 para US$ 399 e US$ 449 (R$ 2.105 e R$ 2.370, respectivamente) parte de Masahiro Wakasugi, analista de mercado da própria Bloomberg. Vale citar que, na live desta quarta-feira (16), a empresa pode apresentar o preço e mais jogos que chegam durante a janela de lançamentos do console, além dos próximos anos.
Atualização 17h10. Em comunicado ao site Gamesindustry.biz, a Sony informa que a afirmação da Bloomberg não procede. "Apesar de não divulgarmos detalhes relacionados à fabricação, as informações fornecidas pela Bloomberg são falsas”, diz a declaração.
Via Bloomberg e Gamesindustry
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