RTX 3090 é a nova placa top de linha da Nvidia. Com promessa de rodar jogos em 8K a 60 fps, a GPU tem ficha técnica e recursos para superar até mesmo a nova geração de consoles, incluíndo o PlayStation 5 (PS5), equipado com solução gráfica Radeon da AMD. Assim como a nova GeForce e o Xbox Series X, seu rival direto, o novo modelo da Sony traz recursos como Ray Tracing e performance suficiente para rodar em 8K, segundo a marca.

O videogame chega às lojas brasileiras a partir de 19 de novembro por a partir de R$ 4.499, enquanto a RTX 3090 ainda não teve valor confirmado por aqui, e começa a ser vendida ainda este mês de setembro nos Estados Unidos por US$ 1.499 (R$ 7.842, na cotação atual). Compare a seguir as placas de Nvidia e AMD (que equipa o PS5) e saiba qual vale mais a pena.

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Especificações de GPU

A RTX 3090 da Nvidia é a placa de vídeo mais poderosa do mundo na atualidade. Isso fica evidente por conta do poderio de hardware dentro do processador gráfico do modelo. Para começar, são 10.496 núcleos CUDA de processamento, capazes de operar a velocidades de 1.395 MHz e de 1.695 MHz com o turbo acionado. Nas contas da Nvidia, isso é suficiente para que a GeForce RTX 3090 atinja uma capacidade bruta de processamento de 36 teraflops (TFLOPS).

Já o console da Sony usa uma versão customizada das Radeon da AMD. O processador gráfico do PS5 oferece 2.304 núcleos de processamento stream (os equivalentes, na arquitetura da AMD, aos núcleos CUDA da Nvidia), organizados em 36 unidades computacionais. Em termos de velocidade, o videogame deve rodar a 2.233 MHz, produzindo 10,2 TFLOPS de capacidade computacional bruta.

Em resumo, a placa da Nvidia leva vantagem no processador gráfico porque, mesmo rodando a velocidades mais baixas, tem 4,5 vezes mais núcleos de processamento. Também conhecidos como shaders, esses componentes se encarregam do trabalho bruto do processamento da placa, e ter muitos deles a mais significa que o hardware pode realizar muito mais cálculos numa mesma unidade de tempo.

Há outras especificidades entre as duas placas. A Nvidia, por exemplo, conta com núcleos dedicados para o processamento de efeitos de Ray Tracing, além de 328 núcleos Tensor para aceleração de inteligência artificial e suporte ao DLSS 2.0. O recurso utiliza Inteligência Artificial para rodar jogos em resoluções baixa internamente, mas sem afetar a exibição em 4K (ou até 8K, no caso da RTX 3090).

O console da Sony, usando hardware da AMD, também suporta aceleração de Ray Tracing, mas faz isso reaproveitando estruturas já existentes nos núcleos da GPU. Em termos de Inteligência Artificial, ao menos até o momento, não há confirmação de nenhum recurso do modelo que rivalize com os Tensor e o DLSS 2.0 da Nvidia. O que se espera da Sony em termos de reconstrução de imagem é o amadurecimento de técnicas de upscaling usadas no PS4 Pro com grande sucesso.

Especificações de Memória

A placa da Nvidia também se sobressai nas especificações relacionadas à memória RAM. A nova GeForce conta com 24 GB de VRAM do tipo GDDR6X, padrão mais atual (e rápido). Do outro lado, o PS5 aparece com 16 GB de um tipo de RAM inferior, o GDDR6.

Mas as diferenças vão bem além da quantidade e do padrão de memória. A super placa da Nvidia oferece uma interface de 384 bits que conecta processador gráfico e RAM, permitindo que esses dois componentes troquem informações a uma taxa de 936 GB/s. Já o PS5 tem interface de 256 bits e uma largura de banda de 448 GB/s.

A importância desse aspecto está diretamente relacionada ao desempenho da GPU em games. Jogos em alta resolução consomem muita memória para guardar arquivos e grandes texturas, o que acab

... a consumindo bastante banda. Ou seja, uma base maior vai permitir rodar jogos em resoluções mais altas, como o 4K nativo ou superior. Além disso, a placa trabalha de forma mais eficiente, contribuindo para que os games tenham uma taxa de quadros mais estável.

Performance

No momento, não existem comparativos reais de performance entre as duas tecnologias. Mesmo os valores brutos de performance computacional associados aos dois produtos – 36 TFLOPS para a RTX 3090 e 10,2 para o PS5 – não são boas métricas. Isso porque há diferenças na forma como cada marca calcula o valor, além de efeitos do design de cada processador que acabam não aparecendo na equação.

O que se pode estimar, de acordo com testes do canal especializado Digital Foundry, usando PCs que se aproximam do PS5, é que o modelo teria performance comparável às RTX 2070 e 2080. Como a Nvidia afirma que a RTX 3090 é 2,5 vezes mais rápida que a RTX 2080 Super, pode-se especular que o console tenha uma performance gráfica que fique mais ou menos 2,5 ou 3 vezes atrás da RTX 3090.

Entretanto, é importante ter em mente de que esses valores são extraoficiais, e que geralmente consoles tendem a oferecer resultados muito acima das configurações equivalentes em PCs por conta do uso mais eficiente do hardware.

Recursos

A nova placa da Nvidia se destaca não apenas pela capacidade do hardware, mas também pelo conjunto de recursos que a fabricante agrega aos seus produtos. Do ponto de vista dos games, talvez o mais relevante deles seja o DLSS 2.0, Deep Learning Super Sampling. Essa técnica permite que a GPU rode um game numa resolução mais baixa, como o Full HD, por exemplo, e o apresente na tela em 4K, ou até 8K com a RTX 3090.

Esse ganho de resolução é realizado com Inteligência Artificial, que analisa frame a frame, pixel a pixel, e reconstrói a imagem em resolução maior, inclusive com ganhos de performance e qualidade. Os resultados têm sido tão consistentes que mesmo usuários de placas como a RTX 2060 podem rodar títulos como Control em 4K. O console da Sony, ao menos até o momento, não oferece nenhuma alternativa de IA similar ao DLSS.

Outro aspecto é o DirectStorage. A técnica promete usar o processamento da placa de vídeo para acelerar a descompressão e leitura de dados de SSDs de alta performance, trazendo para os PCs algo parecido com o que a arquitetura do PS5 oferece em termos de armazenamento rápido. No curto prazo, no entanto, o PS5 deve ainda se mostrar muito mais rápido na leitura e gravação de dados em SSDs do que os PCs.

Consumo

O grande poderio da placa da Nvidia tem um impacto decisivo na quantidade de energia necessária para fazer com que a placa funcione corretamente no seu sistema. Para começar, a Nvidia recomenda uma fonte de, no mínimo, 750 Watts para dar conta da RTX 3090. No console, claro, essa preocupação não existe.

Além disso, a Nvidia também informa que a RTX 3090 tem um TBP (sigla em inglês para “energia total de placa”) estimado em 350 Watts. Isso significa que, no pior cenário possível de uso, a placa irá consumir 350 Watts. A medida, no entanto, não é exatamente a que você vai encontrar na conta de luz, já que a placa não deve passar o tempo todo nesse regime de operação.

Nos consoles, números do tipo dificilmente são divulgados e, mesmo que fossem, indicariam consumo e dissipação térmica (TDP) da máquina toda, e não apenas da GPU. Em todo caso, ao menos até o momento, não há dados oficiais em relação ao consumo do PS5.

Preço e disponibilidade

O PS5 teve seu preço revelado na última quarta-feira (16), inclusive os valores praticados no Brasil. Disponível em versões com ou sem leitor de CDs Blu-Ray, o console chega com preços que começam em R$ 4.499, na opção apenas digital. A opção "completa", que permite utilizar mídias físicas, o valor fica em R$ 4.999. O console da Sony já está em pré-venda e fica disponível de vez no dia 19 de novembro.

Já a Nvidia lança a RTX 3090 no mercado norte-americano em 24 de setembro a preços que partem dos US$ 1.499 (R$ 7.842, em conversão direta). Não se sabe ainda a data de chegada da placa ao Brasil.

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