Há dez anos, atividades simples como consultar o tempo, realizar transferências e pagamentos nos bancos, e pedir comida ou um táxi, por exemplo, eram tarefas muito mais complicadas do que são hoje em dia. Com os aplicativos para celulares Android e iPhone (iOS), ações como essas podem ser facilmente concluídas em alguns toques, utilizando serviços de assistentes virtuais, apps de bancos e plataformas de delivery. Na lista abaixo, relembre oito tecnologias que são amplamente utilizadas hoje em dia e que não estavam disponíveis há dez anos.
O TechTudo comemora dez anos em dezembro de 2020! Desde o seu surgimento, em 2010, o site vem descomplicando a tecnologia para você e assim se consolidou como o maior portal de technology news do Brasil, segundo a Comscore. Para comemorar a data, o site lança uma série especial para relembrarmos como a tecnologia evoluiu nesse tempo. E conte com o TT para descobrirmos juntos o que nos aguarda pelos próximos anos!
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1. Fazer operações em bancos sem sair de casa
No início da dácada de 1990, a forma mais comum de realizar transferências bancárias e pagamentos eram "na boca de caixa", com o auxílio de funcionários do banco. Com o passar dos anos, os caixas eletrônicos foram sendo aprimorados e passaram a realizar operações mais complexas, ao tempo em que as soluções de Internet Banking e Mobile Banking foram sendo desenvolvidas.
O relatório de 2013 da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que identifica novas tecnologias e tendências nos bancos no Brasil, registra que, em 2012, 2% das operações bancárias feitas naquele ano foram em dispositivos mobile. Esse foi o primeiro ano que o relatório registra esse meio de transação. Já em 2013, o número cresce para 6% e as transações bancárias via Internet Banking e Mobile Banking passam a representar cerca de 47% de todas as operações daquele ano. De lá para cá, o uso deste tipo de serviço vem crescendo consideravelmente. O último relatório da companhia, divulgado este ano, aponta que, de dez transações, mais de seis são realizadas através dos meios digitais. 44% delas são feitas por aplicativos de celular.
Hoje em dia, correntistas podem consultar saldos, extratos, realizar pagamentos de boletos, fazer transferências e até mesmo investir dando poucos toques na tela do celular, sem precisar sair de casa, a partir dos aplicativos dos bancos. Além disso, os canais de atendimento também estão se adequando às novas tecnologias e, atualmente, é possível tirar dúvidas no WhatsApp com os chatbots das instituições, que utilizam Inteligência Artificial para se comunicar com os clientes.
Com a chegada do Pix, novo método de pagamentos do Banco Central, as transações realizadas via Internet e Mobile Banking ficaram ainda mais práticas, já que a modalide é capaz de concluir operações em poucos segundos, está disponível 24 horas por dia nos sete dias da semana e não cobra taxas para usuários.
2. Fazer stories para se comunicar com amigos
Os stories são uma forma de mídia muito utilizada hoje em dia, principalmente em redes sociais como o Instagram, WhatsApp e Snapchat. As mensagens, fotos e vídeos efêmeros que desaparecem após 24 horas, apesar de estarem presentes em uma grande quantidade de aplicativos hoje, foram disponibilizadas inicialmente pelo Snapchat.
A rede social foi criada em 2011 sob o nome de "Picaboo", a partir de uma ideia de três amigos que se propuseram a criar um app com a proposta de apagar posts depois de um tempo. Mas foi só em 2013 que o Snapchat introduziu os stories.
Atualmente, a função de stories — ou status, como é chamada do WhatsApp — está presente em diver
3. Conversar por chamadas de vídeo
As chamadas de vídeo se popularizaram ainda mais neste ano, principalmente por conta do período de isolamento adotado como forma de prevenção à Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. Aplicativos como o Zoom caíram nas graças do público, que chegou a alcançar a primeira posição de app mais baixado nas lojas do Google e da Apple no mês de abril, segundo dados da consultoria SensorTower, além de ter ficado no Top 5 dos apps com maior número de downloads por pelo menos sete meses em 2020. Além disso, o Zoom foi premiado como o "App do Ano" no prêmio Melhores do Ano TechTudo.
Um dos aplicativos pioneiros de chamadas de vídeo no celular é o FaceTime, que foi anunciado na conferência anual da Apple WWDC de 2010, a mesma que apresentou o iPhone 4. Apesar do WhatsApp ter surgido no ano anterior, naquela época o app de mensagens mais popular do mundo ainda não permitia que usuários fizessem chamadas de vídeo com os amigos.
Atualmente, existem diversos aplicativos de videoconferência disponíveis para Android e iPhone. Dentre eles, podemos destacar o Skype, que também foi um pioneiro nas chamadas de voz e vídeo, além de plataformas mais recentes, como o Google Meet, Google Duo, Microsoft Teams, HouseParty e Imo.
4. Fazer transmissões ao vivo em redes sociais
As lives também ficaram bastante populares durante o período de isolamento, principalmente porque as apresentações de artistas em locais fechados e com aglomeração de pessoas foram suspensas durante da pandemia. Nesse sentido, a interação de artistas com o público precisou ser realizada à distância, e as plataformas que ofereciam o recurso das lives foram as escolhidas da vez. Dentre elas, Instagram e YouTube são as que mais de destacam.
No entanto, o serviço de transmissões ao vivo já havia chamado a atenção do público em 2015, com o lançamento do Periscope, plataforma de lives do Twitter voltada exclusivamente para os vídeos em tempo real. Um pouco antes dessa época, outras plataformas também já faziam sucesso e, dentre elas podemos destacar a UStream e Livestream.
5. Chamar carro e pedir comida
Há alguns anos, as solicitações de carro para viagens particulares eram feitas por telefone, assim como os pedidos em restaurantes. Aplicativos de mobilidade como a Uber revolucionaram a forma de solicitar viagens, já que os pedidos de carros passaram a ser feitos diretamente pelo celular e em poucos toques.
O app da Uber foi lançado no Brasil em 2014 e, inicialmente, a solicitação de carros particulares só estava disponível para as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. De lá para cá, a Uber no Brasil cresceu e, atualmente, todas as regiões do país possuem acesso ao serviço de mobilidade.
Além da Uber, outros aplicativos de mobilidade urbana também estão disponíveis no país e, dentre eles, podemos destacar a 99 — principal rival da Uber no Brasil —, Cabify, inDriver, Garupa e Sity, além de apps de viagens voltados exclusivamente para o público feminino, como o FemiTaxi, Lady Driver, Venuxx e Femini Driver, por exemplo.
Além disso, os pedidos de restaurante via aplicativos de delivery também cresceram consideravelmente com o passar dos anos. No Brasil, o pontapé inicial veio do iFood, que lançou o app para celulares em 2012. A foodtech brasileira surgiu como uma companhia que congregava cardápios de restaurantes em um único guia impresso, com uma central telefônica na qual era necessário ligar para fazer um pedido.
O Uber Eats foi fundado dos Estados Unidos em 2014 e chegou no Brasil só no final de 2016. No país, a plataforma de delivery de comida rivaliza principalmente com o iFood mas, além deles, também estão disponíveis o Rappi, James, Wabi e Apptite no Android e iPhone, por exemplo.
6. Usar filtros de realidade aumentada
Os filtros de Realidade Aumentada (AR) também viraram febre. Presentes em apps como Instagram, Snapchat, TikTok e até na busca do Google, a realidade aumentada pode ser percebida em filtros que vão desde efeitos de maquiagem aos que "mudam de rosto", como também nas releituras interativas de pinturas de artistas famosos, nas recriações digitais de artefatos históricos e nos animais em 3D do Google.
Um efeito que ficou bastante popular no Snapchat e que usa a tecnologia de realidade aumentada foi o FaceSwap, filtro que permitia aos usuários "trocarem de rosto" virtualmente com os amigos. Além dele, o Thanos dançando tabém ficou popular, com o efeito que mostrava o vilão de Os Vingadores em posições de dança engraçadas.
No Instagram, o Sasha Dog, filtro realista de um cãozinho vira-lata caramelo, também enganou usuários e chamou atenção por ser bastante convincente. Além deles, os animais em 3D na pesquisa do Google ficaram populares no começo do ano e, de lá para cá, a companhia tem disponibilizado ainda mais animações na busca. Até o momento, já foram liberados modelos de animais, insetos, dinossauros e figuras de datas comemorativas.
Outro app do Google que também utiliza a ferramenta AR através de animações em 3D interativas é o Google Arts & Culture, que permite experimentar filtros de pinturas da Frida Kahlo, Johannes Vermeer e Van Gogh, além possibilitar que obras de arte exibidas em museus sejam reposicionadas nas paredes dos cômodos de casa. O app também permite visualizar o traje do primeiro homem a pisar na Lua, o astronauta Neil Armstrong, bem de perto e em tamanho real. Além disso, também é possível explorar exibições de obras de arte de galerias virtualmente, utilizando apenas a câmera do celular.
7. Usar figurinhas em conversas
O uso de figurinhas e adesivos se popularizou globalmente, e mensageiros como o Telegram, WhatsApp e Messenger também passaram a disponibilizar os adesivos criativos em suas plataformas. De acordo com reportagem publicada em 2013 pelo site The Next Web, acredita-se que o aplicativo de mensagens instantâneas de origem coreana Line foi um dos apps pioneiros ao disponibilizar figurinhas.
O aplicativo ficou bastante popular no Japão no início da década de 2010, e ficava à frente de outros apps conhecidos, tais como Facebook e Twitter, por exemplo. Atualmente, as figurinhas são utilizadas quase como segunda língua, e a disponibilidade das pequenas animações nos principais mensageiros facilita o uso durante as conversas e possibilita ainda mais o crescimento do recurso, que tem sido aprimorado no WhatsApp, app de mensagens mais baixado no mundo.
8. Conversar com assistentes de voz no celular
As assistentes virtuais estão cada vez mais inteligentes e respondendo a comandos mais complexos. Na última década, houve o lançamento da Siri em 2011, do Google Now em 2012, a Cortana em 2013 e a Google Assistente em 2016. A Apple foi a primeira a introduzir a tecnologia como conhecemos hoje, com o lançamento do iPhone 4S. Na época, a Siri já era capaz de reservar mesas em restaurantes, tocar músicas da biblioteca e fazer posts em redes socias, por exemplo.
Em 2012, o Google lançou o Google Now, que também respondia ao ouvir o comando "Ok, Google". Atualmente, a assistente virtual da companhia é a Google Assistente, que é capaz de interagir com usuários através do mesmo comando e possui ações mais aprimoradas. Hoje em dia, a inteligência artificial também possui integração com outras plataformas e é capaz colocar uma música para tocar no Spotify, iniciar transferências de dinheiro no Nubank e enviar mensagens pelo WhatsApp, por exemplo.
Além deles, também existe a Bixby, que é a assistente virtual da Samsung e que foi criada com a proposta de ser mais inteligente que suas rivais, Siri e Google Assistente. Apesar de ter sido anunciada globalmente e oficialmente em 2017, os recursos da Bixby em português no Brasil só foram disponibilizados no início deste ano.
Via FEBRABAN (1 e 2), Loomly Blog, The Street, Mashable, iFood, The Next Web, VoiceBot.AI e The Verge
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