A quarentena provocada pelo coronavírus deixou os serviços de videoconferência em alta. Diversas atividades que até então eram desenvolvidas em encontros físicos agora são feitas de forma virtual, pelo Zoom, Skype ou Google Meet, por exemplo. É o caso de reuniões de trabalho, aulas, exercícios físicos e até mesmo consultas médicas. Além desses usos mais óbvios e tradicionais, as chamadas de vídeo também têm sido usadas para atividades mais inusitadas, como encontros de clubes de sexo e baladas virtuais com direito a ingresso VIP. A seguir, veja cinco coisas curiosas estão sendo feitas por meio de chamadas de vídeo durante o isolamento.
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1. Balada
A quarentena e as restrições ao convívio social impõem diminuições no faturamento da indústria do entretenimento e da música. Uma saída inusitada encontrada por empresários é a oferta de baladas por meio de videoconferência. É preciso pagar ingresso e respeitar a etiqueta em termos de comportamento e vestuário. Pela chamada de vídeo, o usuário pode curtir a festa, dançar e interagir com outros convidados, inclusive com famosos, se estiver disposto a pagar a mais.
Um exemplo bem-sucedido da nova moda é o Club Quarantee, de Nova York. O serviço, que conta com perfil no Instagram, oferece eventos com ingressos a partir de US$ 10 (cerca de R$ 55, em conversão direta). Há ainda uma entrada VIP que custa US$ 80 (aproximadamente R$ 445) e dá direito a sala separada, acesso a outros convidados VIP e contato com DJs famosos que agitam o som da festa.
2. Clube de orgia
O clube de sexo Killing Kittens está usando videoconferências para manter suas atividades em tempos de pandemia. O clube tem promovido reuniões por vídeo entre seus integrantes com sessões que podem chegar a até 55 transmissões simultâneas. Além disso, há shows e atrações que os participantes encontrariam nos encontros convencionais.
As sessões são realizadas com áudio mudo para todos os conectados e comunicação exclusivamente por meio de chat mediado por um administrador. Homens sozinhos não podem participar e é preciso pagar uma taxa de participação. Os organizadores afirmam que toda a arrecadação é doada para instituições de caridade.
3. Casamento
Até mesmo casamentos estão sendo realizados por videconferência durante a quarentena. Aqui no Brasil, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais foi o primeiro a abrir a exceção e a primeira cerimônia virtual foi realizada na última quinta-feira (30). Em vez da tradicional assinatura de documentos, os noivos Heloísa Helena Coutinho e Welton Adriano de Souza disseram "Sim" quando perguntados se desejavam se casar por livre e espontânea vontade. Dessa forma, o casamento foi oficializado por meio de uma videoconferência. Além dos noivos e dos juízes, as testemunhas também estiveram presentes por video.
4. Programas de TV
No Brasil, muitos jornalistas estão contribuindo com a programação dos telejornais com materiais gravados em casa ou entradas ao vivo feitas de suas residências. Mas a realidade da TV via videoconferência vai além disso em outros países. Nos Estados Unidos, o humorístico Saturday Night Live teve uma programação especial no último sábado (25), em que todos os participantes conduziram a atração por meio de uma grande videoconferência.
Outros programas famosos de entrevistas estão indo pelo mesmo caminho. O The Late Show, da rede americana CBS, é um exemplo: desde que o confinamento virou regra nos Estados Unidos, as entrevistas e atrações musicais do talk-show estão sendo realizadas por meio de conferências usando o Zoom.
5. Inteligência artificial para ate
Esse item se diferencia um pouco dos outros da lista, mas também tem relação com o grande número de chamadas de vídeo feitas durante a quarentena. O desenvolvedor norte-americano Matt Reed criou uma inteligência artificial capaz de atender sozinha a convites para conferências via Zoom. O robô, batizado de Zoombot, tem capacidade de reconhecer instruções por voz, além de compreender mensagens por texto. Além disso, a inteligência artificial pode dar respostas simples a perguntas como “como você está?” ou “entendeu?”.
A brincadeira, no entanto, tem suas limitações, como a falta de um vídeo ao vivo e natural de Matt o tempo todo, contornado por uma série de fotos que dão a impressão de que há problemas na conexão, sensação reforçada pelo robô dizendo “desculpe, meu vídeo está um pouco ruim...”. O programador explica que criou o vídeo de si mesmo usando a função de gravação do próprio Zoom e programou a IA para reagir a instruções executando arquivos de áudio previamente gravados.
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