Um estudo mostra como as interações nas redes sociais podem fornecer dados valiosos para os anunciantes. Além de informações como a idade, o sexo e os locais que frequentamos, de acordo com o histórico de curtidas no Facebook é possível definir até mesmo o perfil psicológico de cada usuário. Assim, as empresas podem criar campanhas específicas para atingir pessoas mais extrovertidas ou focar em um público com um perfil "mais reservado". A pesquisa foi feita por cientistas da Columbia University, de Nova York, e publicada no jornal da Academia Nacional de Ciências dos EUA.
O Facebook até então não permite segmentar a publicidade de acordo com o perfil psicológico. Porém, ele oferece a opção para criar campanhas específicas baseadas em curtidas. Pensando nisso, os pesquisadores analisaram o perfil de 3,5 milhões de usuários e dividiram os perfis em níveis de sociabilidade. A ideia era ver como estas pessoas reagiriam ao serem expostas a publicidade pensada especificamente para cada perfil psicológico, do mais extrovertido ao mais tímido.
Uma marca de beleza serviu de experiência. Aos perfis extrovertido foram mostradas imagens com fotos de amigos se divertindo e um texto que remetia a atributos sociais, como dançar. Já para aqueles com perfil menos sociável, foram mostradas propagandas com fotos de uma mulher sozinha e texto introspecti
Foi constatado que 40% das pessoas que foram expostas a este tipo de publicidade direcionada estão mais propensas a clicar na imagem. Isto resulta em até 50% mais chance de efetuar uma compra quando o post é sobre um produto.
Problemas
Sandra Matz, uma das coordenadoras da pesquisa, alerta que, apesar da publicidade baseada no perfil psicológico ser mais assertiva, pode trazer alguns perigos. Se por um lado pode ajudar as pessoas a decidir o que comprar, por outro pode explorar "falhas humanas". Recentemente, Sean Parker, criador do Napster, diz que Facebook explora o que chamou também de fragilidade humana.
“A segmentação psicológica poderia ser usada para explorar fraquezas no caráter das pessoas e persuadi-las a tomarem medidas contra seu melhor interesse”, explica a pesquisadora, em um longo texto no site da academia de Columbia.
"Por exemplo: cassinos online poderiam segmentar anúncios em indivíduos que possuem traços psicológicos associados ao jogo patológico”, detalha.
O Facebook pode ser gratuito, mas nós pagamos a rede social não com dinheiro, mas com os nossos dados. É essas informações estão cada vez mais valiosas.
Via Entrepreuner e Columbia
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